Desconhecidos

Buscamos o tempo todo...
Embora não compreenda, eu entendo...
Essencial a ponto de silenciar...
não esqueco, adormeço.

Respire por favor! Não pare de respirar!


Inexplicável...
Senti-lo em toda sua plenitude,
em todo o seu fervor,
e os anos atravessam feito luz em mundos,
descompassados,
desejados,
sonhados,
fragmentados em existências.

Um desconhecido
lembrado como vivesse sem contagem dos anos
Não penso em ti todos dias,
os que posso afirmar
é naqueles que o silencio é ensurdecedor...
naqueles onde procuramos dentro de si algo verdadeiro,
algo que explique todos os momentos
que nós questionamos se os sentimentos guardados
poderiam ser permitimos sentir,
inexplicável, mas insistentes em ficar ali
latejando feito os trovões que não caem.


Amores, outros dias...
Pôr do sol, nascimentos radiantes do mesmo...
Enganei a mim mesma
Neguei que não te desejava por dentro...

Ahhh Desconhecido...
Quantas vidas...
quantas perguntas...
Se me encontrou,
como pode não ter me reconhecido?
Eu estava ali,
e me perdoe se não te vi,
estava ocupada demais
procurando algo que me preenchesse,
que arrancasse
todo o fundo negro que habitava dentro de meu peito.

E mesmo desacreditando nas pessoas,
hoje entendo que não preciso mais alimentar a parte negra, que é muito melhor sentir
mesmo que não tenha explicação palpável.



Embora a razão diga (não enlouqueça),
meu coração desobedece,
segue invisível e frágil,
acredita cegamente que pode sentir sabor na cor.

Coração inconsequente
a espera de uma única rosa,
feita de pétalas vermelho sangue
cheias de contornos de impossibilidade
querendo gritar o pulsar que sente.


Quanta magia,
quanto encanto será que nós resta...
Não sei dizer...

Acreditava ser impossível
sentir saudade do que nunca toquei
Sentir...
eu sinto...
E sinto, sinto e só sinto,
e...
Sinto muito se este não é o momento,
se é que um dia existirá um momento!

Seja inexplicável,
é algo incontrolável,
eloquente e inconsequente...
Me perco em seus gestos através de palavras...
feita de cores...

Encontrei
alguém que caminha no meio as gotas de chuva,
mas não podemos nos molhar,
somos feitos de fogo ...
e a água parece convidativa feito vinho,
mas é silenciosa e destrutiva feita maré alta.


Teu olhar tão profundo
me faz perder-se no portal,
sinto o fogo azul misturado ao vermelho
correndo pelas minhas veias
os sentidos alienarem-se nos dois mundos.

A razão suplica a paz da rotina,
mas a emoção sentida em pele
é muito mais voraz
é uma insensatez da incerteza...


Desculpe mas não sei explicar...
só sei mesmo sem querer
Sentir...

 
Janainna Fanderuff e Autora Desconhecida
Enviado por Janainna Fanderuff em 13/07/2015
Reeditado em 13/07/2015
Código do texto: T5309422
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