Trepando árvores

Deixa a maré subir e não cubras as estrelas que iluminam as minhas costas. Mas se tiveres que ir, leva contigo as nossas horas que persistem no calor do verão e no verde da primavera. Leva contigo a noite, mas deixa-me a lua, minha companhia.

Leva o que quiseres, e desamarra o meu espírito das tuas correntes que fazem de mim teu servo, que me queimam os pulsos como brasas ardentes.

Os ponteiros acusam o final do dia, desferindo golpes na minha paz eminente.

Um dia agradecerás por não termos ficado.

Hugo Ricardo
Enviado por Hugo Ricardo em 12/07/2015
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