Eternidade.
Minha mãe no afã de incentivar os filhos a prática religiosa, contávamos sobre exemplos místicos, popularizados dentro dos dogmas católicos. Dentre muitas histórias místicas, lembro-me desta;
Um moço perguntou a um sacerdote o que era a Eternidade? O sacerdote explicou-lhe, que um passarinho levaria 10 trilhões de Anos Luz, levando no bico um grãozinho de areia do mar, a mais ilimitada altura do universo. Gastaria mais 10 trilhões de Anos Luz para voltar. Depois de transportar toda a areia do oceano, ai sim; seria o começo da eternidade.
Minha mãe aproveitava o gancho do exemplo acima para falar sobre pecados, dentre muitos a violência pecaminosa contra o próprio corpo, subentendiam-se: masturbação, conhecida na leva dos analfabetos dos anos 40, como punheta. Minha mãe pedia que fizesemos exames de consciência, ela sabia o que fazíamos com as cabritas e as éguas.
Lair Estanislau Alves.