DAS NOTAS DA TUMBA
o que fica da coerção

Depois de tudo feito

Nada mais resta
O que vier
Pode tornar a ser
Outras coisas podem interessar
O ser adulto
P’ro culto da chegada
Dos aposentos eternos
Deve seguir rastros
De caminhos feitos
Do contrário
Morrerá onde está
Por que assim deve ser feito
Nenhum grito
Será ouvido
No abismo distante
Dos ouvidos aceitos
Mesmo que sempre
Serão
Os mesmos de sempre
Em corpos diferentes
De alma pequena
Que de grande
Mostram apenas o feito
Lá fora há máscaras
E outras faces impostas
Se acaso quiser uma
Terão várias
Dizendo sobre o amanhã
Que amanhã vem
Com o sol brilhando
Sobre nenhuma verdade
Invente uma fresta no tempo
O tempo será
Teu tempo
Olhando vultos felizes
Na superfície
Os muros alados
Daqueles
Que coroados
Sabem dizer
Sabem ser
Sabem viver
Não sabem nascer...