A busca do auto amor.
A busca do auto amor.
Tópico da obra: Transformação.
Por: Guido Campos​
Existia um sábio que adivinhava tudo. Adivinhava o que as pessoas pensavam e sentiam, morava em uma vila simples e pequena e sua infância foi marcada por traumas familiares.
Quando criança era tratado por todos como um doente mental, devido sua habilidade de sempre saber o porvir. Na escola era sempre perseguido por colegas da sua turma que não entendendo seu dom, porem seu amor pelo "Saber" fez com que ele enfrentasse todas as barreiras e assim se formou em astronomia e viveu na simplicidade ate sua velhice.
Ele apreciava o silencio na velhice, sua fala era calma, pois preferia tentar escutar o som das asas dos pássaros ao voar ao invés de desperdiçar palavras ao vento. dizia:
Onde houver o silencio, ainda sim o falar sera desnecessário!
Conforme os anos foram se passando ele foi percebendo que quanto mais ficava em silencio mais ele vencia a fala, e que na verdade o homem contemporâneo se perdia nas palavras, e que nem sempre falar era essencial e somente no silencio poderia perceber com nitidez os planos cósmicos.
Então, optou pelo silencio perpetuo e assim se tornou mais sábio.
Na vila havia um jovem que querendo quebrar este silencio do sábio foi ate ele em praça publica e lhe propôs um desafio.
O jovem inquieto com as mãos para traz em alta voz disse ao sábio se tu es sábio adivinha o que trago em minhas mãos?
O sábio tentado ao desafio não se aguentou em suas entranhas e falou:
__ Assim como os olhos dos humanos nasceram para ver, as bocas dizem, pois são como os rios que nunca sessam de vomitar. O jovem replicou.
__ Digas velho, oque trago em minhas mãos? Falava isto com as mãos para traz. O sábio percebeu que se tratava de um jovem, e foi convicto ao afirmar:
__E' um pássaro, pois vocês jovens adoram caçar. O jovem percebeu que se tratava realmente de um sábio, pois adivinhara sua malicia, porem a sabedoria se apoia que quem ela quiser e logo o jovem lhe fez uma outra pergunta sabia para alguns e maligna para outros.
__ E este pássaro, esta vivo ou morto, velho? Agora o sábio encontrava-se em uma encruzilhada, pois se dissesse que o pássaro estava vivo, o jovem poderia espremer o pássaro em suas mãos ate mata-lo, e se dissesse que estava morto o jovem abria as mãos e o deixaria voar, então pensou por um momento e respondeu:
__ tu sabes...
Assim e' o amor, pois ele e' fruto de uma decisão, amar a si mesmo ou a outra pessoa e' algo que esta dentro de nos, ou seja, escolhemos os caminhos, e não existe caminho fácil, com o amor não e' diferente, teremos muitas das vezes que abidicar de muitos desejos para conseguir atingir metas, sejam elas internas ou externas. Não existe trabalho simples, fácil ou sem barreiras, no entanto nos e somente nos, seremos delimitadores dos nossos próprios trajetos.
Então, acredita que amar não seja algo fácil, amar e' fruto de um trabalho árduo que exige: paciência, Compreensão, empatia e respeito, e estas nomenclaturas esta primeiramente relacionada consigo mesmo (a) e com o outro. Não importa com quem seja amar sempre vai ser fruto de um trabalho diário. As vezes o amor precisa de um folego, um descanso, amar e' saber interpretar os fatos, e geralmente não estamos preparados para tais interpretações.
Para alguns falta lhes experiencia e para outros geralmente maturidade emocional, mas ainda assim sempre vai valer a pena amar, pois amar nos eleva ao plano de espirito mais cósmico, mais surreal, e o ser humano que não se permite a isso perde a chance de se conhecer, pois o amor interno nos faz trasbordar e somente com outros espelhos e' que realmente nos enxergamos.....(continua)