Eis-Me
Tenho uma relação de amor e desamor com o silêncio,
Amo porque é extremamente necessário,
E odeio por ser apaixonada por palavras, e amar música...
Então vamos lá: o dia sem música é chato.
Até o passarinho canta, talvez, para alegrar ao Criador.
O silêncio machuca, quando tudo que se quer é uma resposta, um sinal.
O silêncio maltrata, quando não há o que dizer ou o que falar.
O silêncio pode causar grandes problemas, segundo Freud com a cura pela palavra.
A palavra liberta, transforma, salva, determina, conforme os ensinamento de Cristo.
É preciso saber usar o silêncio no momento certo, e tentar entendê-lo.
(Coisa que eu não alcancei)
Errei muitas vezes por não praticar o divino silêncio
E descobri bem depois que alguns segredos são necessários.
Falhei quase sempre por falar demais, o que penso, e o que sinto.
Porém essa é minha essência, minha forma de revolução, minha forma de ser, e de estar no mundo.
Triste é a sensação de perder pessoas pelas palavras, por uma frase, um pensamento meu, por um carta escrita por mim, por um bilhete na geladeira, por uma mensagem fora de hora, uma conversa sem consenso.
Há quem se machuque por quem eu sou, e não entendem o porquê
escrevo, ou o motivo pelo qual eu poetizo.
Há quem diga que minhas escritas são proibidas, um ato quase profano, que só poderiam ser ditas em um divã... Entre quatro paredes apenas, talvez, por ela machucar bem mais que o silêncio...
Mas prefiro as palavras, prefiro a verdade, prefiro transbordar do que morrer aos pouco por dentro.
E usar da liberdade de ser quem eu sou.
Muito Prazer, esta sou eu...
Ordones
(G)