QUE BOA ERA AQUELA SOLIDÃO!



 
        Que boa era aquela solidão quando, de vez em quando, eu ainda podia fugir sozinha para algum hotel aqui mesmo na Capital... Quando eu ainda podia fugir sozinha para alguma cidadezinha... em Minas... no interior de São Paulo... Quando eu ainda podia fugir sozinha para algum litoral... Pegar a estrada só comigo mesma... Ficar longe... longe... longe... por alguns dias... Ficar longe... Depois voltar, claro, jamais haveria como não...
        Que boa era aquela solidão... Que boa era! Era o que me podia caber de paraíso, do paraíso que, há muito, há muitíssimo, não me coube nunca mais.