Um Penasamento sobre religião
Hoje vou escrever sobre religião. Acredito que duas coisas fazem com que as religiões surjam: A primeira é a revelação que uma determinada pessoa, escolhida pela divindade, que recebe desta os ensinamentos e as revelações divinas. Estese torna-se o intermediário entre o deus e os homens, e quase sempre é o fundador de uma nova religião e espalhará a sua “doutrina” em busca de adeptos; A segunda é a promessa de que aqueles que o seguirem encontrarão respostas para os seus questionamentos existenciais. Todas prometem vida eterna quando morrerem e que irão para o descanso eterno ou paraíso junto da divindade. Fim do trabalho para viver. Fim da luta pelo pão de cada dia, da dureza da vida. Emfim, livre dos grilhões do corpo físico.
Nesta decomposição de Deus, centenas, milhares de novos intermediários surgem com seus ensinamentos e promessas. Como é fácil enganar o homem. Não afirmo que todas as religiões são meros engôdos, nem a maioria se aproveita para se beneficiar de algo - a alma das pessoas - e que muitos até angariam riquezas materiais e poder com as doações dos fiéis.
Muitas são sérias, dando oportunidades para que muitos repensem seus modos de agir e se tornem pessoas melhores, mais generosas e preocupadas com o próximo.
Muitos ateus fazem a mesma coisa. Muitos são até mais solidários e misericordiosos do que aqueles que praticam uma fé.
O real é que não é Deus que está decomposto, porque é uno e único, mas a “verdade” é que está decomposta. As partes acessíveis, formam este imenso mosaico de crenças que existem no nosso mundo. Mas aos homens inteligentes e preocupados em melhorar e se solidarizar com o semelhante, os respeitando e preservando o planeta, além de tudo que vive nele, animais, árvores e o meio-ambiente. É uma vertente que cresce nas gerações de hoje.
Mesmo assim, muitos dos homens já estão descrentes que o nosso mundo não tem mais escapatória e se apegam a fé em “doutrinas” e religiões, por mais esdruxulas que pareçam. O desespero em sobreviver para sempre vem desde os tempos antigos, vide as múmias egípcias.
Eu, por exemplo, entendo o Cristo na sua simplicidade, sem complicações. Sou um ser humano preocupado em sobreviver, não muito diferente de ninguém. Ás vezes me angustio com minhas ações, nem tanto “Cristãs” – essa é a minha fé – mas tiro conforto das boas ações que pratico e a certeza que sou um “ser-humano” que almeja melhorar a cada dia. E tenho tentado conseguir com muito esforço. Longe, muito além. Mas não é fácil e os espíritos ancestrais, que já estão há mais tempo no astral e se tornaram mais sábios, intuem em nós que este é o caminho. Aprendi a ouvi-los. Qualquer um pode fazer isto: basta fechar os olhos, entrar em oração e esperar, porque as respostas e orientações chegam. É o “religare” direto com Deus.
Termino com um pensamento de Erich Fromm:
“O sentido da vida é viver plenamente, mas a tragédia consiste em que muitos morrem sem ter nascido verdadeiramente. Viver é nascer a cada instante”.
Abraço fraternal em todos.
Emerson Danda