Verdade ou mentira?
"Ele é tão diferente dos demais". Quem já ouviu de um amigo tal afirmação? Muitos! Quantos que já ouviram essa expressão veem o autor junto a quem o fez lançar tais palavras? Poucos! Parece um tanto quanto óbvio que todos são diferentes no primeiro encontro. Os primeiros 15 minutos, por assim se dizer. As novidades, as semelhanças, as diferenças irrelevantes. Mas o tempo passa. Sorte tem aquele que, passado o primeiro mês - quando atingido - pode continuar afirmando isso. Mais sorte ainda tem aquele que, após os três primeiros meses - período de experiência (valeria ele pro amor também?) - ainda tem motivos para acreditar que encontrou a pessoa certa. A realidade, triste realidade, é que muitos não querem nada com nada. Uma curtição aqui, outra ali. Algumas por vezes prolongadas, embora com o mesmo fim que todos já conhecemos. "Somos muito diferentes", "minha visão é diferente da sua", "não é você, sou eu". As velhas desculpas esfarrapadas para justificar um comportamento geralmente covarde. Fato é que hoje em dia podemos facilmente interpretar um "quero algo sério", como um fútil e vazio "só quero te comer e mais nada". Lastimável.