1000 cc
1000 CC
Pulsa em sístole e diástole crescente a cada 1000 rpm que se observa em progressão nos conta-giros,
A adrenalina não mais uma biossíntese, mas criada pelo olor característico dos destilados,
Nas profundezas abissais da terra, no âmago de Gaia,
Os de epíteto duplo Sapiens, manejam as drásticas transformações físicas e químicas,
As endorfinas de controle psicofisiológico, estão ultrapassadas,
Cabe-nos o consolo dos hidrocarbonetos, que parece nos drogar junto ao som de uma máquina,
O fulgir dos metais, é na realidade similar da luz para hexápodes alados que perecem pela perplexa hipnótica desses fótons,
Guarda-sóis de vários espectros impressionam os sentidos no reflexo da luz,
Ninfetas os manejam com brindes de shorts de etiquetas,
Nelas a expressão de cuidado: “Contém Glúteo(GRANDE)”,
Um brilho e uma ondulação da imagem surge, como uma miragem,
Albedo é o mestre para explicar tal reação espontânea,
Vrum, vrum, vrum, apenas borrões as câmeras captam,
Ferve o ar, mais distorções provocadas pelos gases,
Pêndulo do impossível, o inimaginável é a ordem do dia,
Pequenas porções de ilusão escapam dos acanhados shorts,
Toneladas de queratina levantam e caem pela gravidade,
Odores muito agradáveis são lançados ao ar,
Um clamor se ouve como um uníssono grito de perplexidade ou um brado,
Metais quase em brasa estão, mas não se trata de um musical,
Talvez sim, são notas acompanhadas com mudanças de tom,
As vezes nas curvas como uma música, surge um bemol,
Logo após essa surge um sustenido,
Isso é música para muito ouvidos,
Os acordes por assim dizer, continuam,
Uma orquestra de apenas um instrumento repetidos e de vários sons,
Opulento é o meio onde se encerra esse concerto,
Expectadores inflamados e gritos quase em um devaneio,
Roupas nas pistas lembram gladiadores,
Cada um ostenta brasões e insígnias diversas,
Uma guerra camuflada, não declarada. Como a guerra fria,
Após alguns segundos, sem articulação como os guturais, sons ecoam,
Cronos entra em cena, mesmo que agnóstico possa existir com tendência do fiel da balança,
Os segundos são amigos ou inimigos nessa luta contra Cronos ?
Dois corações pulsam de forma descompassada,
Uma de sangue, tecidos, marcapassos, vide Purkinje,
Outro com sangue hidrocarbônico e que também alimenta um corpo em movimento,
Desnaturação de proteínas se daria, a água ferveria, mas ele continua a pulsar,
São os reflexos de novas eras,
Dos cavaleiros, nota-se uma espetacular cabeça de várias cores,
Como um ciclope, um olho, omatídeo, ocelo estão nessas cabeças,
Parece também praticarem o auto flagelo,
Tocam seus copos no chão várias vezes enquanto lutam contra Cronos – em seu “Knee Dow”,
Intemperismos não são bem vindos na luta entre os ciclopes e Cronos,
Simbolismos aparecem para ordenar os posicionamentos dos cavaleiros-ciclopes,
Embora suas roupas coloridas, param quando observam quadrículos, pretos e brancos,
Será que impressionam-lhes os sentidos ? Será a organoléptica ?
Sempre um deles se joga contra homens que ali estão,
Batem palmas e os cavaleiros levantam os braços sucessivas vezes,
Uma simbologia toda própria,
A noite cai, voltam para seu habitat,
Daqui a pouco tudo recomeça,
Talvez seja um legado !