Sobre prosa, poesia e amor romântico
Na falta de inspiração para uma poesia fina,
me contento em vomitar minha prosa grossa e cheia de teias
que seria capaz de me entupir as veias
se não lhe pusesse para fora.
Não sou uma grande pessoa. Não me sobram qualidades dignas de nota.
Pelo menos aos meus próprios olhos.
Mas acho que no fim das contas sou um pedaço decente de ser humano.
Por isso, não faço mais do que minha obrigação.
Até alcancei algumas coisas interessantes essa vida,
todos falam dos meus títulos acadêmicos, mas a real satisfação só consegui no amor.
Só me senti vivo/homem/completo entre as pernas de uma mulher.
E mesmo assim não seria qualquer par de pernas.
Não consigo reduzir tudo ao sexo, por que nunca foi apenas sobre transa e tesão.
Tem muito mais a ver com a cumplicidade e com a emoção do momento.
Na real... qualquer zé buceta pode levar uma mulher para a cama hoje em dia,
isso não quer dizer nada.
Mas eu digo. Não é qualquer um que sabe amar sua parceira no sentido romântico/emocional/etéreo-astral da coisa.
Quero dizer... quem é que realmente pensa no bem estar da pessoa que se divide a vida e a cama da mesma maneira que pensa no próprio?
Só vejo amantes egoístas por ai... cada vez mais egoístas.
Só que quanto mais eu vivo, mais eu acredito que tendo a seguir o caminho inverso.
Aprendi que o amor romântico (e não a posse ou a sensualidade por si só) tem o poder de nos aproximar de Deus... se é que ele existe como uma entidade.
é quase o amor Crístico, só que dirigido a uma única pessoa.
Eu não sou um Cristo para amar a humanidade como a mim mesmo, mas hoje, me sinto capaz de amar uma pessoa assim.
Uma única.
E sou realmente feliz por tê-la encontrado.