Um ato de rebeldia
Viver não é simplesmente um verbo a ser conjugado é, também, um ato de rebeldia contra o comodismo do mundo. Estamos tão acostumados a passividade segura, que qualquer coisa que vá de encontro a isso, nos parece ruim. Ora, mas o que seria da vida sem os perigos frequentes? Aventurar-se também é existir. E existir é, nada mais nada menos, que viver. Não entenda viver como o simples ato de respirar, entenda como a necessidade de ser e estar, de conviver e compartilhar, de trocar ideias, sorrisos, desilusões, ilusões. De sentir-se constrangido, de esquecer uma data, de lembrar-se do primeiro grande fato da vida, de amar. Como inteligentemente disse o poeta: “Viver e não ter a vergonha de ser feliz”. Jogue-se no precipício da felicidade de cabeça, seja lá qual for sua ideia de felicidade. E, mais importante que qualquer coisa, simplesmente ouse viver. Mesmo que lhe pareça desgastante demais ficar nesse mundo, mesmo que tudo ao redor grite impropérios contra você, viva. Mesmo que o amor da sua vida seja platônico, mesmo que suas desconfianças sejam inverdades, mesmo que sua melhor aposta lhe leve ao fim, mesmo que seu último suspiro esteja próximo, mesmo que tudo não lhe satisfaça, mesmo que seu projeto afunde, mesmo que a falsidade lhe rodeie, mesmo que falte esperança, fé. Não queira louros e glórias eternas, queira ter forças para lutar por algo ou alguém. Queira viver...