Por onde andas, revolucionário?

Não está correto

Não está normal

Não está bom

E temos paciência

Será que estamos em Paz e não percebi?

Por onde andas que não ouço teus gritos?

Por onde andas que não vejo o teu atrevimento?

Por onde andas? Por onde ando?

Em volta um silêncio que apavora.

Há quem diga que amadureceste

Não tem mais o furor da adolescência

Se assim for, ainda há esperança

Certamente procedes com cautela

Estaria cuidando de teus filhos?

Que a revolução esteja no teu educar

Estaria trabalhando demais?

Que a revolução esteja em tua produção

Só não podes estar morto, revolucionário

Porque o sofrimento é teu combustível

E a injustiça social o teu alimento

E disso o mundo está cheio