Como sobreviver sem rede social

A pergunta não seria como, e sim, é possível?

In natura, sim. Temos passado histórico o suficiente para comprovar isso. Apesar da mudança das épocas e da sociedade, involuntariamente, em si, o ser humano têm a capacidade de interagir sem o uso de rede social tecnológica. Somos feitos de fragmento empírico.

No entanto, sistematicamente falando, não.

O sistema que corrompe tanto, e o faz, pois, de tal maneira, nos introduz como ordinariamente em si, de modo que, sendo assim, sair dele seria fragmentar todo material dividendo da interação sucedida por ele mesmo em relação à comunidade alheia, ou seja, as pessoas com as quais tu estiveres se relacionando.

Cogitar o ciclo habitual de evolução humana atual, do qual, ensino fundamental-ensino médio-faculdade-trabalho, nos impõe, irrefutavelmente, a nos adequarmos à tecnologia, pois, por exemplo, estão sendo aplicados métodos tecnológicos em escolas e, esse fundamento, implicará em um usufruto generalizado da tecnologia entre as crianças e adolescentes. Permanecendo nesse uso, a troca e interação de ideias sobre as poliferramentas de uma tecnologia, como tais: redes sociais, será involuntário e frequente; e, o mais horrendo: desde a infância.

Hoje, os jovens entre si, aceitam ou eximam, dependendo do considerável grau de maturidade - ou, ás vezes, até mesmo, sem discriminação - demonstrando menos receptividade por outrém que não acompanhe tamanha gama de aplicativos que cada um faz usufruto.

São rede sociais de paqueras, likes, fotos, textos, reclamações, divulgações; das quais, no entanto, todas elas, no seu âmago, com um único objetivo: interação social, demonstração de popularidade, ou a busca por ela.

Contudo, está errado quem não interage em tais redes e não se faz atraído suficientemente para dialogar as polêmicas destas, ou, quem faz o uso das mesmas e não fala nada mais além disso para com qualquer pessoa?

É indiscutivelmente paupérrimo argumentar com quem os argumentos se baseiam em concepções cibernéticas sem fundamento concreto inato ou baseado nas próprias desmistificações. Hoje pouco se cria, muito se copia. Não afirmo que quem têm todo e qualquer tipo de rede social, demonstra argumentos paliativos, efêmeros, ineficazes ou não atraentes. Não. Contudo, muito se fará por um senso comum. E senso comum não enraíza veracidade.

Não obstante, é necessário viabilizar outra questão, da qual, até mesmo eu, não eximo-me: usar da rede social para criticar a rede social. Hipocrisia? Imperícia? Leigalidade? Inocência?

Eu diria, ironia.

E, ademais: do sistema.

O sistema seria cômico se não fosse trágico. Quer dizer, fraudulento. O sistema pode ser entendido como um jogo, jogado da maneira errada, a priorizar as pessoas erradas, na quantidade errada.

Todos devem sofrer o direito de adquirir aquilo que conquistam. Não fosse o fato de estarmos saturados por saber que não é assim.

Quem se insere no sistema, ou seja, todos, está sob o viés da lei e tendendo a obedecê-la, de tal maneira que acoberta a prática de que, o próprio sistema, irá impor-lhe de se revogar contra si mesmo; pois, é só através dele que podemos criticá-lo.

E isso parece um emaranhado sem solução, não? Só parece. A cobra, ela mesma, perde sua eficácia com seu próprio veneno. Pois fomos suficientemente capazes de fazer com que isso fosse possível. E o sistema? Ele mesmo, uma cobra. Peçonhento, hábil, amotinador. Do qual, no entanto, pode se fragmentar pela própria entranha.

As redes sociais.

Talvez estas não fossem tão capitalizadas, intolerantes ou discriminativas se não houvesse o sistema.

Agradeço-o por ter nos proporcionado uma gama indissolúvel de rede social e uma ferramenta para criá-las mais flexível ainda.

Contudo, agora já pode sair.

Seríamos muito mais maleáveis e indiferentes para notificações se não fosse a regra imposta pelo sistema de que quanto mais, melhor.

Redes sociais não são o problema, essa é a resposta. O problema é quem as manuseia. E, acredite ou não, não são os usuários que fazem isso.