Paradoxo contemporâneo (o fim)
A regra é clara! Crie algo polêmico: uma música, um produto, uma ideia, uma dança, sei lá... com isso, você não precisará ter gastos com propaganda, já que o melhor marketing é o "boca a boca". ( Claro, o instrumento utilizado para isso, sou eu e você. Só pra lembrar...) E quando alguma coisa é "polêmica", vende... ah, se vende!
Obs: não precisa ser bom! A qualidade do "produto" ruim, ops! "Polêmico", não importa. Afina, se o "produto" vende, e/ou dá audiência é o mais importante...
Com isso, vejo, que quem mais perde é a "arte": a arte de fazer música, a arte da dançar, a arte de pintar, escrever... a arte de se ter uma profissão e exercê-la, a arte de educar. Sim, por que não? Já que o desafio contemporâneo não é mais educar nossos filhos e a nós mesmos, mas sim, driblar a "mídia"... em um paradoxo: eles pregam que se precisa estudar para se ter sucesso, mas nos apresentam o oposto, com frutos de um saber desconhecido. Que não aprendemos nas escolas. Não porque a educação se negue a ensinar, mas porque não valeria a pena...
Para isso, eles criam algo sem regra alguma, longe dos parâmetros acadêmicos e culturais de nossa história...
De outro lado, nossos estudos: que nos falam sobre ética, social e profissional, preços justos, planejamento... a música: que nos ensina sobre a arte e a importância de combinar os sons, enfim, as regras... (se tornou fundamental estudar, sobre tudo. Não só para alcançarmos conhecimento, mas, acima de tudo, nos defendermos dos que nos assaltam pelo pensar.)
Quais regras!? Caminhamos, infelizmente, para um colapso social. Uma corrida de cem metros, que o melhor, nem sempre vence... mas que na maioria das vezes é vencido por aquele que age de má fé...
Obs: há exceções.