Nada fácil

As horas passam rapidamente e eu tento correr contra o tempo.Já é tarde ! Parece ser agora. Mas eu persisto em buscar o que acredito ser meu por direito.Meus sonhos!Quem já abraçou um corpo morto e esteve as margens do abismo entendera o que sinto agora, o desconforto da vida,a ânsia do existir ,a consciência das dores , o tumulto das palavras ,o silencio fúnebre do porvir ,o nada repleto de um tudo ainda inexistente ... As horas ! Essas horas de cruéis saudades! Como dói esta dor ! Não há si quer paliativo.É preciso conviver com ela e fingir que ela não esta ali, nem aqui .Aprendi a ignora-la ,vezes ou outra lagrimas silenciosas insistem em correr sem que eu perceba,escorrem rosto a fora ,gotas quente que marcam minha'lma.

As horas... Se elas pudessem volver agora, pediria que me levassem ao ventre materno e de uma dor sem volta me conduzisse a mãe terra. Meus olhos não conheceriam a luz e os sonhos não me incomodariam, minhas culpas não existiriam e a vida seria um sonho realizado em uma outra ,quem sabe !?. Nada fácil ,ser eu , desprovida de mim mesma ,as margens de ideais despedaçados.

Adriana Luzia Silva dos Santos
Enviado por Adriana Luzia Silva dos Santos em 07/06/2015
Código do texto: T5269256
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