Entre mangueiras e os puxadinhos.
Nas manhãs de Sol, mas não só nas manhas (dominicais) de Sol da janela do quarto eu brincava de contar as parabólicas das ruas até o morro, nunca passava de trinta. Hoje elas nem existem mais eu passaria um dia e não contaria todas as da Sky (é isso!), ou não pq as mangueiras daqui até o morro estão quase três décadas mis velhas e uns andares mais altas e elas já consomem boa parte da paisagem (o que até que é bom) elas e os puxadinhos com seus diversos andares, formas e cores modificam a paisagem. Escondem até aquela pequena escola onde estudei, era bom acordar e ver ela ali me conectando direto a aqueles anos de 97, 98...
Por vezes me fazem querer pensar que era tão bom antigamente, tão melhor do que é hoje, mas nem é tão melhor do que é hoje, de verdade nem é melhor. Sim um tiro de revolver fazia metade do prédio se tacar de baixo das camas e esses foram substituídos por fuzis e esses por incrível que pareça geram menos medo (vai ver é só questão de costume).
Hoje não é mais violento, nem mais limpo, sinto falta dos botecos (daquele povo de boteco) e de como era divertido ver os porcos passeando até aqui em baixo. Mas hoje os dias são melhores desse lado são outros dias. Os futuros “bons e velhos tempos” dos próximos anos com as festas de São Jorge e com as corridas atrás dos doces de Cosme & Damião (e do Doúm).