Série Babilônia: CONTAMINAÇÃO NEM PENSAR

Daniel 1

Introdução: Daniel é um dos livros mais conhecidos, porém mais complexo do Antigo Testamento. Os acontecimentos do livro situam-se no contexto do século VI a. C.

O Reino de Deus é o centro deste livro e pode ser vista em ação nos âmbitos espiritual e político. No relato dos acontecimentos da vida de Daniel e de seus amigos, a ênfase está na vida de fé em um mundo cada vez mais hostil. A soberania de Deus é vista pela ótica da capacidade de fazer prosperar ou livrar os fieis.

Babilônia: Foi edificada sobre as duas margens do rio Eufrates, e era notável pelos seus maravilhosos palácios, jardins suspensos, e arquitetura. A História também mostra que a antiga Babilônia era uma cidade muito religiosa, repleta de astrologia e adivinhação. Por exemplo, Ezequiel 21.21 diz que o rei de Babilônia recorreu à adivinhação para decidir se atacaria Jerusalém. O rei “examinou o fígado”, diz a Bíblia. Por que o fígado? Os babilônios usavam esse órgão de animais sacrificados em busca de presságios, ou predições.

Motivo do cativeiro: Apesar de todas as bênçãos divinas, Judá ignorou a ação de Deus, desprezou a promessa santa, buscou outros deuses e se entregou ao engano que a época oferecia. Assim, o Senhor providenciou que o seu povo fosse trazido de volta à verdadeira fé e adoração. Para isso, Judá deveria ser disciplinada com rigor.

Babilônia nos dias de Hoje: Em todo o Novo Testamento a Bíblia afirma que somos peregrinos neste mundo, pois somos cidadãos dos céus. (1 Pe. 2.11-12; Jo. 17.15-16; Fp. 3.20). E não podemos nos esquecer que vivemos em um mundo tenebroso que jaz nos maligno.

Em muitos aspectos, a experiência de Daniel é notavelmente parecida com a dos cristãos de hoje. No trabalho, na escola, nos relacionamentos diários somos confrontados com uma cultura oposta com o que cremos. Assim como Daniel e seus companheiros, podemos nos sentir frequentemente como exilados numa terra estranha e hostil. No entanto, o primeiro capítulo de Daniel sugere que é possível não se contaminar com os ensinamentos e práticas mundanas. Ele mostra as provações, tentações e pressões com as quais ele pode deparar, mas também sugere como lidar com elas, a saber:

PRIMEIRA ATITUDE: TENHA UM CORAÇÃO SIMPLES

O inimigo quer roubar o seu coração, ele quer corromper a sua alma, e te seduzir com sexo, dinheiro e poder. A cobiça da carne, dos olhos e a ostentação de bens materiais são TENTAÇÕES que precisamos vencer. Tenha um CORAÇÃO simples como Jesus. SIMPLICIDADE é retidão de alma. Simplicidade significa modéstia, gratidão e temperança em todas as coisas. (1 João 2.15-17 e Filipenses 4.12-13)

SEGUNDA ATITUDE: TENHA UM CORAÇÃO FIEL

Os lugares, as pessoas, e as aflições não podem roubar a sua fé. É necessário demonstrar a nossa fidelidade SERVINDO e obedecendo aos mandamentos do Senhor em quaisquer circunstâncias ou desafios. Para não se contaminar-se neste mundo tenebroso que vivemos é necessário FERVOR espiritual e humildade. Não se CONTAMINE. O mundo pode te desprezar te ferir, e até tirar a sua vida. Mas, não pode te afastar do amor de Cristo Jesus, portanto, tenha um coração fiel. (Hebreus 10.39).

CONCLUSÃO: Convivendo com os pagãos na Babilônia, o povo eleito de Deus teve de aprender a separar a verdade de Deus dos ensinamentos e exigências pagãs, mas sem se contaminar. Os pagãos pensavam que sabiam como todos deviam proceder e pressionavam os crentes daquele tempo a se contaminar em suas práticas religiosas. O povo de Deus aprendeu após setenta anos a importância de não se contaminar, e nós também temos que aprender a viver neste mundo tenebroso sem se contaminar em práticas pecaminosas, vivendo em santidade em meio a imoralidade de nosso tempo.