Jardineiro Alado
Tão longo o caminho,
e o fiz com brasas.
Eu que já não tenho asas,
Aprendi a falar sozinho.
Daquele abraço não sobrou nada,
das pétalas, sobraram espinhos.
Sobram sombras, estas são fartas.
Fartas são as ironias do destino.
A vida é bem/mal sem cura
Não há criatura sem defeito,
De efeito a saudade do inacabado,
Eu não tenho asas, mas
aprendi a sonhar acordado.