insólito
aquilo era um fragmento meu que se emancipava, uma resposta em partida elétrica do coração. porque o poema era uma espinha de peixe entalada na garganta, que saia pelos préstimos de uma pacovan.
noites brancas meu caro Dostoiévski o céu aqui está encorpado pelas árvores. os vagalumes vagam, e seus lumes incendeiam as minhas pupilas insônias.
essas ideias nascidas de encontro fortuitos, elas possuem a força da pororoca, e vão destruindo as terras de pensamentos pueris. mostrando as raizes das árvores, impulsionando a vontade criadora de ser semente de samaumeira...
e aí essas ideias, o éter, o invisível resolveram que eu escreveria na madrugada. compartilho algo e guardo os outros para os pássaros.
(domingo, 14 de dezembro de 2014)