João

João procurava o nada em meio a tantas coisas, coisas bagunçadas, desordenadas , coisas que João rega, cultiva, cativa.

Procura em cantos preenchidos o nada que tanto almeja, espera.

Diante a tanta bagunça, deparou-se face a face com o nada, e ele o reconheceu, redescobriu, reencontrou, assistiu-se ausente em meio a outros, e tão presente em meio sozinho.

João não gostava do que via.

Segue assim mesmo João!

Mas agora está tão presente, que se ausenta, e procura a bagunça em meio a tanto nada.

Letícia GFrancis
Enviado por Letícia GFrancis em 30/05/2015
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