Metades
Não vou falar de experiências pessoais neste texto, embora possa acabar dando algumas pinceladas aqui e ali a respeito do tema. Entretanto, posso estar cometendo alguns equívocos, já que, a meu ver, meu ponto de vista se difere bastante do ponto de vista da grande maioria. Mas por quê?
Porque acho inconcebível que alguém aceite metades.
Em breve postarei um texto sobre o novo amor, que servirá de complemento para este.
Mas, voltando ao contexto, o que seriam essas metades?
Romanticamente falando, somos todos metades. Ansiando encontrar uma outra metade para tornar-se inteiro. (Isso me lembra um pequeno poema meu...)
Contudo, ao aceitar metades, nós, como unidades inteiras, estamos subestimando o que somos.
Para que aceitar um meio-amor? Porque é melhor que amor nenhum? Bem, talvez. Nesse sentido, acho justificável. Mas se encher de meios-amores não é recompensador. E pior: um dia, poderá fazer você ter medo de aceitar qualquer amor que seja.(E se for um amor inteiro? Terá desperdiçado essa oportunidade por ter dado muita chance para as metades).
Infelizmente, pessoas que se preenchem de metades poderão não conseguir dar valor aos inteiros. Poderão perder as chances de tê-los.
Pessoas que se enchem de metades podem acabar morrendo vazias.
É bonito e romântico dizer que "eu e você somos um só".
Mas acredite, será recompensador, confortante e esplendoroso quando, ao invés de duas metades formarem "um", vocês forem "dois".