Sei não.

Se fosse só jogar tudo para trás e começar de novo? Tipo um: "Quando foi a última vez que fizeste algo pela primeira vez?"

"Se eu sou um rascunho, ou melhor dizendo, uma folha, eu estaria cheio deles, riscos e palavras, procurando por um caminho. A vida é cheia de caminhos, basta saber traçar seu destino". Sou apenas um rascunho procurando um caminho. Como diz a canção. Estou envelhecendo 10 anos por semana, ou até mais em menos tempo, ou emburrecendo. Sei lá, não consigo pensar direito quando acendo meu cigarro e vejo o dia passar diante dos meus olhos, mas espera aí... Eu não fumo!

Vejo pessoas certas surgirem mas em horas erradas, vejo alguém levando embora o que eu queria que fosse meu, me vejo sem você, me vejo com você. Talves os opostos não se atraem, eles se distraem, os dispostos se atraem. Não me fatou disposição, mas faltou distração. Quem sabe? Qual é o preço da consequência de uma escolha de ser livre? Será mesmo que a dúvida é o preço da pureza, ou é inútil ter certeza? Medo.. Tenho medo de ter medo, medo de consequência, medo de lagartixas, medo de deixar meus livros com orelhas, medo, uma unimultiplicidade.

Talvez eu precise aprender outra língua "mais uma", ou criar palavras impronúnciaveis, desenvolver um novo inglês, inventar um hieróglifo moderno, imitar um vídeo, beber um conhaque, fazer algo pela primeira vez.

Li uma frase de uma amiga, também escritora "A vida se compara com um calafrio no estômago, você decide se foram socos ou borboletas", fantásico! Soa como se uma bailarina dançasse de coturno, mas ainda não decidi se foram socos, ou borboletas, talvez não tenha calçado meus coturnos, talvez seja a pureza da minha dúvida, assim como no clipe o Paul Simon estava ou não estava de preto. É inútil ter certeza.

Leresche
Enviado por Leresche em 26/05/2015
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