Voando entre as letras
Volto desenhando
letras
pelos becos
entre as minhocas que cultivo para formarem galerias dentro do chão duro.
Descubro um caminhar
solitário
riquíssimo!
Trago sol e lua nas asas quando escrevo o que me vai n'alma e raízes.
Falta magnésio em meu corpo
doem as juntas....cuido, reponho-o e fico feliz em entender as faltas e excessos.
Florestas e ondas, suspensas no azul do céu,
dão-me palavras
também a brisa que vibra em minhas entranhas.
Nunca mais terei esse momento.....
Ficará impresso na memória da Terra, no Universo e quem é que sabe qual será a criatura que beberá dessa fonte no futuro?
Não sou poeta.
Aberta as asas, sou só uma lamparina velha e nada mais.
Deito-me na relva e respiro o perfume da dama da noite que está chegando aqui e agora.
A vontade que dá é de ficar assim, abraçada às letras delicadas......