A Madrugada dos Mortos

Assim que o sol se põe e as trevas começam a surgir

Eles saem a procura de alguma coisa

Quem sabe até de alguém?

Na maioria das vezes sentem - se como se fossem fantasmas

Invisíveis pelas noites

Mas estão ali, em carne e osso,

-corpo presente- espírito vagante.

Observando a vida noturna

Percebem que não estão sós

Estão no vazio de si mesmos

A procura do que não encontrarão noutrem.

Ao agonizar da noite,

Nuvens negras começam a se dissiparem

É a hora dos mortos voltarem ao seu lar

Pra sua vida obsoleta

Seu quarto gélido

Seus sonhos frustrados.

Na noite apenas acharam solidão igual a sua

Quem sabe o alvorecer lhes traga alguma esperança!