ENSINAMENTOS DE BUDA

Deus nos mostra muitos meios de encontrarmos a felicidade. Esta depende de um trabalho interior, mas, nesse processo, há pessoas que nos fazem um grande bem e nos ajudam na nossa caminhada neste mundo. Muitos homens, todos filhos de Deus, nos deixaram seus ensinamentos e seu exemplo de vida. Eu não sou um papagaio. Eu não aceito uma ideia, um pensamento ou ensinamento sem que a razão tenha analisado e autorizado. É por fazer uso da razão que eu aceito os ensinamentos de Buda. Ele não foi, não é e jamais será Deus. Buda foi um filho de Deus que nos deixou edificantes ensinamentos. Eis um pouco do que ele diz sobre os desejos:

“Os desejos humanos são infindáveis. São como a sede de um homem que, bebendo água salgada, não se satisfaz e sua sede apenas aumenta. Assim acontece com o homem que procura satisfazer seus desejos; apenas consegue o aumento da insatisfação e a multiplicação de suas aflições.

A satisfação dos desejos nunca é completa; ela deixa atrás de si a inquietude e a irritação que nunca podem ser atenuadas; e, se a satisfação dos desejos for impedida a um homem, ela, muitas vezes, o conduzirá à insanidade.

Para satisfazer seus desejos, os homens se empenharão, mesmo matarão e lutarão uns contra os outros, rei contra rei, vassalo contra vassalo, pai contra filho, irmão contra irmão, amigo contra amigo.

Os homens, muitas vezes, arruínam suas vidas na tentativa de concretizar os desejos. Roubarão, insultarão e cometerão adultério, e então, sendo apanhados, sofrerão com a desgraça e a punição por isso. Eles pecarão contra o próprio corpo, língua e mente, embora sabendo perfeitamente que, no final das contas, a satisfação dos desejos lhes trará infelicidade e sofrimento.”

Agora, uma parte dos últimos ensinamentos de Buda:

“Caros discípulos, o meu fim está se aproximando, a nossa despedida é iminente, mas não vos lamenteis. A vida está sempre mudando; ninguém pode escapar da dissolução do corpo. Esta transitoriedade vou mostrar agora, com a minha própria morte, com o meu corpo caindo em pedaços como um carro apodrecido.

Não vos lamenteis inutilmente, mas maravilhai-vos com o princípio da transitoriedade e dele aprendei a vacuidade da vida humana. Não alimenteis vãos desejos de que as coisas mutáveis se tornem imutáveis.

O demônio das paixões mundanas está sempre procurando ludibriar a vossa mente. Se uma víbora morar em vosso quarto, não podereis ter um sono tranquilo, se não a expulsardes. Deveis romper os liames das paixões mundanas e expulsá-las, assim como expulsais a víbora. Deveis, indubitavelmente, proteger o vosso coração.”

Domingos Ivan Barbosa
Enviado por Domingos Ivan Barbosa em 23/05/2015
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