Loucura Noturna
Quando sou obrigado a dormir por minha consciência, mas impedido pelo descanso, que meu corpo desfruta, caio na insanidade. Em noites lentas, começo a dialogar, a protagonizar, a cantar. Às vezes me encontro pensando em coisas absurdas. Às vezes estou atuando em cenas, imaginando situações que eu quero que aconteça, sejam elas de amor ou sofrimento, pelo simples fato de gostar de ser amado ou dramático. Quando me pego cantando, tenho raiva! Ora, já são duas da manhã e eu canto desperto como se tomasse um banho. Duas da manhã... mais quatro horas de sono se eu dormir agora. Mas será que são duas mesmo? Levanto-me e verifico minha aparência no espelho, faço gestos, me enrraivo com o que vejo... Observo no relógio que são duas e meia e me engano... agora tenho somente mais três horas de sono. Em alguns minutos começo a formular respostas agressivas para uma possível briga que possa vir a acontecer por uma simples antipatia que tenho com um alguém, que provalvemente deve estar dormindo profundamente. São cinco da manhã e pego no sono. São seis. O despertador toca e eu, morto de sono, logo cogito: Eita vida de merda!