HENRIQUE E SUA MANIA DE AMAR

Já era fevereiro, tudo pronto pro carnaval, todo mundo animado. Henrique ainda meio pra baixo, não que não gostasse de carnaval, ele adorava. Acontece que no mês anterior ele viu acabar mais um namoro, por motivos torpes. É a vida. O rapaz de bem com a vida e disposto a se apaixonar se decepcionara mais uma vez. O amor tem dessas coisas. Bola pra frente. Seus amigos então, vendo Henrique naquela tristeza, resolveram animá-lo, combinando uma viagem. O carnaval pra Henrique era a festa mais esperada do ano, todos os anos, mas não naquele. Seu coração ainda estava ferido com o término do namoro. Mas decidiu seguir os amigos e então, viajou. A cidade, uma das mais animadas no período, com seus blocos, concentração e percurso. Henrique, em meio àquele clima carnavalesco que contagia todo mundo, caiu na folia no primeiro dia. E assim se sucedeu no segundo. Alegrias momentâneas. Os dias de carnaval iam se seguindo e em meio a uma mistura de álcool, euforia e melancolia ele se assustava as vezes, entre tantos rostos. Por vezes coçava os olhos pensando ver a amada de outrora, mas logo depois notava que era alguma moça mais ou menos parecida e sua mente e imaginação potencializadas pelo álcool teimavam em pregar peças no pobre coitado. Henrique ainda a amava.

Eder Moraes
Enviado por Eder Moraes em 23/05/2015
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