A folha em branco
A folha do papel estava em branco e eu não me conformei com isso!
Estava de frente à folha que de tão alva me deixava estrábico e ao mesmo tempo intrigado
Não é possível que eu não consiga me expressar diante desta folhinha branca e tão sugestiva.
Passei então a observá-la e a pensar, tais quais os que têm fome anseiam por comida, os que têm sede anseiam por água, os que têm frio anseiam por calor eu tenho a folha, mas não consigo nada nela escrever e fico aqui olhando para ela louco pra rabisca-la, continuo aqui travado, inerte de frente a folha branca tentando de todas as maneiras pensar em alguma coisa para escrever, alguma coisa que seja legal, inspiradora, alguma coisa de bom para os que forem ler.
Acabo por me decidir que a folha vai continuar em branco apesar de querer muito ter rabiscado, apesar de ter a necessidade de escrever alguma coisa eu optei por me calar.
Eu tinha uma nota, mas não obtive o corpo, não obtive as minhas inspirações e então decidi, apenas decidi que quase nada seria escrito, mas eu prometo! Os rabiscos ou borrões estão por vir, eu não desisti da folha em branco.
A única coisa que me veio à cabeça foram estas palavras que se encontram ai em baixo, então faço delas a minha tentativa frustrada de uma bela poesia.
Marcio L. Santos (Cinho)