Novo Caminho

Tenho medo de sorrir, tenho medo de ser irônico nas ansiedades e ser inerte nas alegrias repentinas. Queria levar-te nas minhas tantas aventuras, amada. Queria ver-te nesse céu que anoitece e que nunca amanhece. Tanto faz, temos valores, mas parece que somo de graça. Nunca é tarde para falar o que quiser, nunca é tarde para dizer a alguém o quanto ela é especial, ou dizer o quanto a ama de verdade.

Tenho medo, medo de tudo, sinceramente. Tenho medo de tudo que me causa antipatia, tudo que seja inerte. Medo da chuva, que pra mim não é nada mais do que sereno. Medo de choros contidos. Medo de deter a insolência, apenas quando estou certo. Tenho a mais plena certeza de que o sereno é inefável e breve, é apenas mais um ser que não deixa de viver só.

Procuro viver em um mundo só meu, nele habita seus pesares e eles nunca te deixaram pois, toda dor que atinge a alma nunca sai da lembrança. Busquei a alegria ao acordar, busquei a plenitude ao entardecer e ao anoitecer tentei ter sabedoria para poder encontrar um novo caminho para um outro amanhecer.

Áthila Lima
Enviado por Áthila Lima em 20/05/2015
Reeditado em 20/05/2015
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