SÓ OS POETAS DECIFRAM O AMOR


A fênix - decifração, ilusão, razão... - é a ave mitológica que os gregos diziam durar séculos.
 
Ainda, se queimada, ressurgia das próprias cinzas. Portanto, eterna.

A que se atribui essa eternidade senão ao amor!?... 

Provavelmente seja esse também o pensar grego.

Imagine-se o quanto de amor pode carregar dentro de si cada ser humano.

Quanto mais partilhado, mais esse amor abre suas asas e se multiplica.

Esse ser, condutor de tanto amor, vive no seu invólucro natural, que um dia perece, se decompõe e vira pó.

E o amor, também se fragmenta, se pulveriza?...

Não!  Só se pulveriza o que é concreto.
 
O amor não se toca, não se mede, não se pesa...
Só existe.  E sua força é capaz de transformar comportamentos e de mudar o mundo.

"Tu és pó e ao pó retornarás".

E o amor, esse amor viajor abstrato que penetrou nos casulos humanos?

Ah, sim! 
Ele exsurgirá desse pó, dessas cinzas - qual esvoaçar da fênix - e percorrerá o mundo através dos séculos.

Só pelo amor se justifica a eternidade.

Ele é um pedaço do eterno em cada ser que ama. 


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Para o texto: RESSURGINDO (T5241856)
De: Leti Ribeiro
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Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 19/05/2015
Reeditado em 21/05/2015
Código do texto: T5247709
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