O meu cotidiano
Não é preciso realçar o que é o cotidiano, todos nós sabemos que isso é aquilo que vivenciamos no nosso dia a dia, que observamos quando andamos pelas ruas, pelos campos e por onde precisarmos ir durante o tempo que permanecermos acordados. É como se fosse uma viagem só que diariamente. O que muitos ainda não devem terem observado mais de perto no seu cotidiano é como muito nos aprendemos com ele e, como isso muitas vezes muda o nosso jeito de viver, de vivenciar a nossa própria vida.
Em minhas andanças diárias, que é comum, pois tenho o costume de me levantar sempre às cinco horas da manhã, primeiramente por força do trabalho quando isso era uma constante em minha vida, agora por ter me acostumado com a rotina e não conseguir dormir além dessa hora. Já antes, quando ainda tinha o prazer de bater o ponto cinco dias na semana às sete horas de todas essas manhãs, o que me lembro com muito carinho, porque apesar de ter me aposentado, ainda procuro da melhor maneira possível trabalhar, não que precise fazer isso pela renda, mas pelo bem estar que o trabalho sempre me proporcionou, já procurava tirar do meu cotidiano, o aprendizado que hoje procuro repassar aos herdeiros de minha pouca mas valiosa sapiência, digo valiosa porque apesar de simplória foi muito bem selecionada para causar benefícios e não prejuízos.
No meu cotidiano aprendi coisas como: procurar ao sair de casa não bater a porta ou o portão com força provocando um tremendo estrondo, para não acordar um vizinho, pois o mesmo nunca foi obrigado a levar a mesma rotina que eu, a não falar alto para não incomodar o sono de quem chegou tarde do trabalho e precisa de um descanso maior para repor suas energias, a não buzinar loucamente acordando um bairro inteiro, apenas para pegar uma pessoa que me acompanhava ao trabalho, coisas assim que o nosso cotidiano sem saber agia em meu comportamento como um professor. Além do mais a cidade que vivo, Santa Maria uma das satélites guardiãs de Brasília, no Distrito Federal, me proporciona meios ótimos de fazer a minha caminhada laboral, ou prazeiral, palavra que acabei de inventar para afirmar o prazer que tenho de viver onde apesar de alguns poucos elementos procurarem me contradizer, me oferece meios como; pracinhas com academias ao ar livre e de graça para todos, onde podemos nos exercitarmos ouvindo os pássaros cantando ao nosso derredor, observando as flores em seu jardim e também aquelas flores que possam por nós distribuindo sorrisos, é bem verdade que no meu cotidiano também procuro não aprender coisas do gênero, roubar, brigar, matar, mas isso quem tem que administrar meu cérebro a descartar essas aberrações sou eu, e eu, como um bom sexssagenario, já consigo muito bem distinguir o bom do ruim só de observar o espetáculo ali proporcionado por quem quer que seja.
Isso que a maioria chama de escola da vida, eu chamo de: o meu cotidiano, o professor mais eficaz que a vida me deu