Tua Voz Meu Mestre






Que a cruz me tranquilize,

Que minha Paz Ele assine,

Não encontraria jamais uma razão de ser não fosse o Amor sangrado,

O luto cortado da Tua História em mim,

Quero brincar com nuvens,

Brincar de balança em pleno ar,

Tenho que falar,

Meu peito grita, coração geme, a carne treme,

As luzes embaçadas procuram minha pupila,

Nego meu olhar,

Quero a Luz que irradia,

Não quero fazer do obscuro o meu guia,

Isso é engano já visto,

É inútil querer a noite quando se tem o dia,

O sol chama, a prece clama, a alma irradia por santidade,

A Palavra vem em ecos da Verdade,

A pureza da minha audição conhece a Voz do Mestre,

Em meio as tantas vozes querendo me engolir sinto minha alma cansada erigir,

É Teu braço, meu Mestre, que veio ao escutar minha prece,

É Teu ombro amigo pedindo para aconchegar-me em Teu colo,

Toda vez que oro é assim,

Começa como um desespero, e num lampejo corres para alcançar-me

Antes que eu durma,

Antes que eu canse, antes que eu esbarre em minha própria indignação.


 
Teônia Soares
Enviado por Teônia Soares em 19/05/2015
Reeditado em 27/01/2021
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