O HOMEM SOLITÁRIO
O HOMEM SOLITÁRIO
O sorriso do homem é um cravo na janela solitária que é cheia de lagrimas e sua vontade de dormir vem do cansaço da alma e sua morte jamais será o acontecimento ou a coisa das coisas.
Triste é, e seu sangue é vinho de corpuns mortuns. A ira deste homem é a coluna dos seus medos e sua pedra e água são carnes vertebradas junto a suas salinas. Dentro dele mora uma Africa que tem um zulu no cume do seu monte.
De sua janela bisbilhota a sala, o vento beija as grades que choram. O por do sol beija seu rio. A gota de chuva mata a sede de seu pasto que sem gado faz o estrondo do trovão. A folha que cai e germina o jatóba deste homem solitário que é um lobo faminto que solt o uivo apaixonado.
A Lagrima que rola do seu rosto, é correio sentimental. Sua cerca sem mourão, virou o muro sem cal. A porta da casa é entrada da cadeia que prende sua alma, sua cama desfeita é cabelo em desespero da paixão.
O homem solitário é uma chave perdida, pilão de moinho, gravata vermelha. Seu rio passa sob as pontes feita de cipós são João. Dos seus pelos eriçados e da carne parda grita seu desejo. Para o mundo as suas observações dos milagres são utopias, perfeição da piedade é presa fácil para o ódio e a ironia das lagrimas é a mulata de sua tristeza. Quando a saudade se torna um ritual de perda, ele se curva aos delírios de dor na alma. Então levanta a cabeça para contemplar novos horizontes, desculpa palavra desculpa. Uma eterna ladainha de saudade como um ritual de perda, mas uma exaltação há um novo achado lhe vem, pois o seu achado é perdido no campo das tumbas faraônicas e não há liberdade sem a devida sinceridade dos faraós do planalto central e suas mentiras abrem feridas que dói na alma. Mas que só a verdade cicatriza sobre as catedrais e não se constrói catedrais com as mãos vazias. Os olhos fixo em um ponto qualquer do chão de terra batida de sua terra. Os maus desejos do seu corpo paralisam sua ação e sobre o interior deste homem cheio de solidão
e o que faz um homem ser solitário é o sistema de um governo falido.