Namastê da alma
Como já dizia Clarice: “É estranho como não sei dizer quem sou...” Quando me pego no contexto dessa frase, penso que não tenho direito nenhum de julgá-lo pelo que vejo, não tenho razão alguma para tentar entendê-lo afinal, nem eu mesma sei o porquê de ser assim, nem eu mesma sei como faço certas coisas ou como deixo de fazer outras. Quando meus olhos te veem enxergam frieza, estupidez. A minha boca ao se referir a você solta palavras feias, tolas. Porém, minha alma olha para sua e sorri, te aceita, te venera. Em ti, prefere apenas as qualidades mas, não se esquece dos defeitos. Meu coração dedica a você cada batida ele te ama, te deseja... Com isso, pude perceber que não amo com olhos, amo com a alma. Não amo com gestos, amo com emoções, sensações. Seu corpo por muitas vezes não me é agradável, seu cabelo aos meus olhos naturais é sim estranho, seu perfume enjoa e a forma que me olha é grosseira. Entretanto, como havia dito, amo com a alma e fazer essa mistura entre: te olhar com o corpo e te enxergar com a alma, me traz uma bela sensação; me faz entender que preciso te enxergar sem alma para ver como é lindo e prazeroso o encontro de nossos corpos, proporcionando as nossas almas, o cumprimento NAMASTÊ!