UM CADINHO

Pensando um cadinho cá comigo:

Numa eterna mistura de tudo e nada pondero à respeito do peso das palavras diante o universo que compomos, e como somos responsáveis por esse todo que absorvemos na medida que somos absorvidos.

Esse conjurar palavras é também muitas vezes, depreciar saberes..

O quanto temos de "ditadores" em nós?

O quanto temos de "dominados" em nós?

Há certas escrevinhações que tem o poder de repensar fatos que nunca deixam de existir, apenas se travestem com o que chamo de ditadura cordializada pelo saber empregar novas falácias e talvez mais eficazes técnicas ilusória para que banqueteemos pães mau sovados e admiremos circos montados para cegar-nos, e nesse grande "espetáculo" social, sequer nos damos conta de que somos nós peças engrenadas e sem consciência de nossa condição...

Há certas escrevinhações que fazem-nos refletir sobre essa condição, que muitos chamam e consideram mais um "pão e circo" à uma sociedade robotizada continua, pois os atuais dominadores seguem à risca as novas posturas e atos apreendidos e praticados desde os primórdios da repressão.

Somos anestesiados e a arte, antes à serviço de todos, é utilizada sabiamente à serviço da geração da cegueira social e mesmo os arteiros tidos como conscientes, pensadores, são consumidos e comercializados, e sua arte maravilhosa levada à banalização a ponto de não ter a força que deveria ter, pois é comercializada e coisificada enquanto produto...

Somos por hora produtos e por isso devemos bradar a negação dessa condição até que não mais nos reste uma sombra de dúvida de quem realmente somos e qual papel desempenhamos nesse grande circo nada místico.

Roberta Lessa
Enviado por Roberta Lessa em 08/05/2015
Código do texto: T5234524
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