Cotidiano
Nesta cidade..., imensa cidade, tão viva ao mesmo tempo tão morta... “Silenciosa”, isso mesmo! O silencio vem das pessoas que se cruzam todos os dias nesta agitação desordenada sem se dirigirem a palavra umas as outras, sozinhas, consigo mesmas, com seus pensamentos e deveres habituais.
E é neste vai e vem da monotonia cotidiana que silenciosamente observo os lugares onde ando a gente que por mim passa quase que sonambúlica na mesmice de todos os dias, de dias iguais.
O meu pensamento e imaginação vária numa viajem translúcida pela face de cada pessoa. Decifrando em cada gesto em cada olhar a vida se desenvolvendo numa velocidade habitual, que deste mundo hermético em sua órbita natural vai revelando o tempo que não para.