Beleza

A beleza é uma qualidade secundária, ela existe segundo nossos filtros mentais, sendo assim recoberta de detalhes inconscientes, e até mesmo de preconceitos. É verdade que a beleza agrada a mente, mas mas jamais pode a beleza, ou a sua sensação, ser confundida como sinônimo de verdade, de justiça ou de dignidade. Cuidado especial quanto a indução natural de que o que é belo, seja simples, correto, digno ou verdadeiro. A verdade, para sê-lo, não precisa em nada ser bela, existem verdades aterrorizantes, mas que não deixam de ser verdades. O justo, igualmente, não precisa ser belo. A justiça muitas vezes parece até feia, mas o conceito de ser justo, sendo também uma qualidade secundária, é variável e mutável, mas deve ser mais importante que ser belo. O que eu acho importante entender é que nada, em si mesmo, é belo ou feio, seja uma pessoa, um animal, uma coisa, ou mesmo uma ação, a beleza não é um atributo primário de nada disto, para ser mais direto a beleza não é atributo primário de nada. Entendo que não gostamos de algo porque seja belo, e sim o oposto, por que eu gosto é que acho belo. Exatamente por isso, devemos estar atentos para não nos deixarmos levar pela sensação de beleza (ou de feiura) em nada, devemos primeiro nos criticar sobre o porque achamos aquilo belo, ou por que achamos algo feio, pois que podemos estar sendo guiados por preconceitos, por costumes, por cultura, ou por interesses.

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 07/05/2015
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