Danos irreparaveis

Fico preocupado quando o ódio toma conta do meu interior, e sinto que a presença de Deus fica distante.Assusto-me em muitas vezes, pois o poder da manipulação parece constante.Meus tímpanos estouram apenas pelo fato de não querer ouvir o obvio, antes de tomar atitudes, preciso me concentrar e não procurar a evidencia de algo que me destrói, dia a dia, noite a noite, morte a morte, vida a vida. Tentam me tirar do sério, e até uma gota que caia no chão me incomoda.

Até os ventos que sopram balançando as arvores me fazem mal, conto o badalar dos ponteiros, conto o badalar de cada minuto para daqui a pouco, para daqui p/frente, do ontem, do hoje, e do adiante. O gosto do sangue fecundo meus lábios, num enlace confrontante entre o bem e o mal, da onde saem tantas forças negativas, mesmo quando busco minha paz?De onde saem os murros sem direção?Da onde o amor sai?Da onde sai a dor?De onde eu saio?Movimentos circulares apodrecem minha carne, mastigam e cospem minha alma.

O movimento que circunda o meu cérebro mata o meu futuro, e me deixa estagnado no presente, digo foda-se as regras, digo ódio, digo amor, digo destruição, caos, inferno, morte.

Digladio-me com os dois de mim que estão aqui dentro. De onde vem esse cheiro de podridão que sinto em minhas narinas?De onde vem essa melancolia e angustia que se aprofundam em meu coração?Rendição? Traição?Olhos, corpos fodidos e estraçalhados ao chão.

Minha visão sempre foi ofuscada pela névoa que encontro todos os dias em minha vida, falo isso de dentro de minha alma, falo isso pelo ódio que tenho e repulsa pelos favoráveis que aqui estão.

Minha preocupação não é com a reação que posso ter e sim com o acumulo de ódio em meu falso coração. Misturo a essência da falsidade, hipocrisia, mentira, e vejo que a dor vem de mim para você. Maltrapilhos armados, corpos circuncidados!

A vergonha que me empurra de encontro ao meu destino, a falta de percepção que corroí e domina meus sentidos, mente, corpo, me levando a podridão.

set/2010