## A PRAÇA ##
A PRAÇA
Andei por ali,
Assim, sem pressa...
Observei um bocadinho de mim,
Que por ali ficou,
Andando ainda trôpega;
Segura nas mãos dos meus pais...
Algumas valentes cigarras pude ainda escutar,
Um tantinho de vitórias-régias
Ainda fazem jus ao nome –
Nos bancos, figuras isoladas,
Ou tentando isolamentos,
Ao redor de tudo isso as buzinas –
Desafiando seres antipáticos,
Naturebas deslocados,
Poetas sem casas nem nomes,
Codinomes d’algumas coisas bem longe,
Como o infinito onde habitam,
Onde morrem e ressuscitam em si mesmos,
Na magia de se tornarem invisíveis
Aos olhos dos que os acham risíveis,
Pseudo-intelectuais que pensam de tudo saber
Ignorantes de marmita,
De falsos saberes,
Nem mesmo cabem em meu mundo
Que sendo bem maior
Cabe magicamente nessa praça.
Só de pirraça!
(Taciana Valença)