NA MADRUGADA
NA MADRUGADA
Perdida na insonia dessa noite
Prisioneira de mim
Mergulhada na solidão
Que minha alma conhece tão bem,
Revirando meus medos e segredos
Tentando me achar em alguma curva do caminho
Rasgando a vontade do meu eu insensato
Com a esperança a se esvair pelos vãos dos dedos
Pelas frestas da janela do interior
Tento, em vão, ver o horizonte
Vou me afogando na profunda ilusão de alegrias passageiras
Sem vislumbrar um alento sequer...
Os dias passam e a vida a me dizer
Que tudo não passa de tolice...pura fantasia...
Não passa de imaginação,
Nada há que eu possa fazer,
Tudo se esvanece como fumaça
O ouro que brilhou nas manhãs não era verdadeiro,
Emprestada,falsa luz... que às vezes seduz
Alumiava meus dias quase por brincadeira
Foi-se embora
Buscar outros dias...outras alegrias
Abraço essa insônia,
Tento fazer de versos loucos minha fuga
Sem me importar com a noite que adormece lá fora...