Futuro
E quando penso olhando para o amanhã
fazendo a reflexão que pesa sobre os ombros,
coloco-me triste e aborrecido pelo tormento eterno
congelado pela ótica do capitalismo fulgente,
estarrecido pelos seres abrilhantados pelo mórbido...
Posso sentir o vivo ofuscado pelo querer inútil!
Sentir a vida deslizando por clamores que a honra não respalda,
vejo as convicções serem derrubadas com um simples sopro,
observo a sociedade como uma singela construção de palha
que se esvai com o vento, enquanto buscamos explicações.
E no final das contas, que não tem resultado algum,
vejo todos imersos no mar de julgamentos.
Tradições culturais parecem caminhos para a morte,
mas mesmo assim, evocamos a última que morre
neste genocídio cruel e desenfreado.