Futuro

E quando penso olhando para o amanhã

fazendo a reflexão que pesa sobre os ombros,

coloco-me triste e aborrecido pelo tormento eterno

congelado pela ótica do capitalismo fulgente,

estarrecido pelos seres abrilhantados pelo mórbido...

Posso sentir o vivo ofuscado pelo querer inútil!

Sentir a vida deslizando por clamores que a honra não respalda,

vejo as convicções serem derrubadas com um simples sopro,

observo a sociedade como uma singela construção de palha

que se esvai com o vento, enquanto buscamos explicações.

E no final das contas, que não tem resultado algum,

vejo todos imersos no mar de julgamentos.

Tradições culturais parecem caminhos para a morte,

mas mesmo assim, evocamos a última que morre

neste genocídio cruel e desenfreado.

Ânderson Gonçalves Vasconcelos
Enviado por Ânderson Gonçalves Vasconcelos em 03/05/2015
Código do texto: T5229645
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