O Diálogo.
Não adianta querer ser outro,
Não podes fugir do corpo,
Que Deus lhe ofertou.
(O outro responde)
Quem és para me conhecer mais que mim?
Sou tão eu, que posso ser qualquer outro,
Meu mundo não se resume a um corpo.
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São apenas palavras perdidas, afirmo,
Tua certeza é incerta, e frágil,
Não sonhas com tua face,
Pois não sabe como a mesma é.
Então porque julga-se Deus de todos os mundos?
(Um segundo pensante, e vem a replica)
A crítica fútil do punidor mascarado de coerente,
Não sou Deus de todas as gente, nem de mim.
Mas a vida que conduzo, eu escolho os caminhos,
Pois ao fim não morrerei por ninguém,
Só por mim mesmo.
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(O Silêncio rompe a compreensão, e o que se escuta ao pensamento, são conclusões distorcidas de verdades destroçadas, a verdade nunca é plena, é frágil, pode ser quebrada, quando uma palavra oposta, corrói seus alicerces ideológicos).
Vejo que estou diante de um filosofo,
Que conduz sua vida correta sobre linhas tortas,
Que em meio ao caos encontra sua paz,
E que em meio a milhões de mentiras,
Edifica sua verdade,
Meus olhos não veem como os teus,
Mas tua boca me mostra o que não posso ver,
Me espelho em você,
Um ser forte que não teme expor suas fraquezas,
E que não deixa que elas mesmo evidentes as derrube,
Pois está sólido e forte,
Diante de suas ideologias.
(Todos temos verdades, mentiras e fraquezas, mas evidenciá-las não nos torna mais fortes, coerentes e verdadeiros que ninguém).