tédio e solidão
O olhar parado, fixo na ausência de movimento
Ao redor apenas marcas do ontem cercado de paixão
Um grito silencioso de socorro ecoa somente pelo vento
A gravidade puxa para onde todo limite é apenas o chão
Aquele brilho de sentimento pela vida perdeu substância
A presença do vazio preenche tudo ao redor
O estômago arde como se quisesse diminuir a distância
E todas as sobras espalhadas pelos cantos se quebraram em dó menor
Esqueço do tempo que teima em contemporizar
Esqueço de mim apenas porque lembrar faz estacionar
Esqueço de esquecer e então volto a me lembrar
E o olhar, parado, fixo na ausência do teu olhar