Ilusão

As vezes é um encontro num desencontro, um desandar. Por mais que possam me dizer que não que estou errado ou perdido. As vezes as coisas acontecem. Acontecem e me enlouquecem, quem me dera eu pudesse um dia me apresentar, com um canto que pudesse encantar, que pudesse falar de amor e dor na mesma frase e ao mesmo tempo.

Quem me dera eu pudesse ecoar por aí afora como um passarinho ecoa, e cuida do ninho ao mesmo tempo, sentindo aquele carinho da linda e fraterna amada. Quem me dera eu pudesse voar e ir para onde quisesse, ir pra bem longe; quem me dera eu pudesse em apenas um segundo conhecer todo o mundo e as belezas existentes.

Quem me dera algum dia, e mais feliz ainda eu ficaria que todo mundo me conhecesse e soubesse das minhas ternas intenções, que mais parecem ilusões perdidas no ar, que só querem o amor e vivem fugindo da dor e de uma vida de amargura, chorando pelo pobre e aquele que não tem o que comer onde dormir e onde morar, aquele que ainda não sabe amar e nunca soube o que amor.

Entender ou fugir da dor é o que ensina uma vã filosofia que por ora me alivia nesse mar de existência, onde os sonhos nos movem e movem moinhos também e que também alimentam a esperança de dias melhores.