Dos Olhos
Que piscina celeste, azul! Azul claro que mergulho de peito, ah que vontade de nadar neste azul. Nadar nas histórias que por tantos mares desaguou teu límpido azul. Se me distraio um instante, o azul me chama e se torna impossível não fitar-te. A cada fisgada, o azul me motiva e acaricia. E se o azul encontra meu preto jaboticaba, rubra instantaneamente fico. Se por um acaso me cansar do azul, me permita embarcar em outras águas, mono não sou. Mas pro azul, que é meu encanto, descanso não dou. O azul que me julga e apadrinha, e muitas vezes me põe no ritmo da dança. Se azul é erro genotipo, tua água, mesmo que errada, me revigora a alma. É assim que me lembro, dos olhos do moreno.