Não que eu esteja sofrendo pelo amor que acabou.

Não que eu esteja sofrendo pelo amor que acabou.

Não que eu esteja morrendo por falta daquele amor.

Eu sofro por falta do Amor em si. Por falta do sentimento.

Não por falta de alguém específico...

Sei que para alguns é difícil de entender. Podem me julgar dizendo que primeiro precisamos aprender a viver sozinhos, para depois viver junto. Mas, poxa... Tão bom ter alguém que te ligue de manhã para desejar um bom dia. Alguém para te dar um sorriso, um abraço, uma alegria.

Eu gosto disso. E eu terminei meu relacionamento justamente por falta disso!

Não quero um namoro cheio de faltas, ausências, esperas. Quero um amor para andar de mãos dadas no dia-a-dia.

Não quero um namoro cheio de brigas, birras, joguinhos, corações partidos. Não quero cobrar por atenção, por carinho. Se o amor existe, atenção e carinho vêm juntos no pacote!

Claro que sinto por tudo o que foi perdido. Mentiria se dissesse que não. Aquele começo de namoro que parecia chegar perto do perfeito. Aquela paixão que nos fazia suspirar juntos e fazermos planos de casamento.

Às vezes, confesso, me pergunto onde foi que erramos, em que ponto deixamos tudo se perder. Se antes as juras de amor eram por cartas, facebook, bilhetinhos; se antes a vontade de ficar ao lado era infinita, nos últimos tempos fiquei com 39 graus de febre e estava sozinha.

Pergunto-me também se a culpa foi minha. Em outros relacionamentos, por mais que a revelação íntima doesse, descobri que era sim. Grande parte da culpa toda minha. Mas dessa vez não. Tenho a consciência tranquila.

Pode parecer arrogante dizer, abrir a intimidade aqui, assim... Mas a verdade é que algumas perdas são livramentos.

Às vezes, alguns de nós preferimos ficar num relacionamento que não traz absolutamente nada de vantagem, somente pelo medo de ficarmos sozinhos. E nesse quesito eu me considero valente, forte, corajosa.

Sei que corro o risco de ficar sozinha por muito, ou algum tempo. Também não quero me apaixonar pelo primeiro que aparecer com uma voz doce e uma barra de chocolate.

Mas é preferível estar só, que amada pela metade. Ou no meu caso, amada por migalhas. E eram mesmo, migalhas, às vezes tão pequenas que nem fazia cosquinha.

Agora estou só. Triste, confesso. Mas renovando as esperanças. Curando as feridas do coração. E eu sei que um dia terei reencontrado dentro de mim a força para continuar vivendo nesse mundo doido em que nós estamos.

Thaís Falleiros
Enviado por Thaís Falleiros em 23/04/2015
Código do texto: T5217343
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