Ultimos pingos
Os muros da razão não me deixam ver
Que os sentimentos aprisionados
São como os ventos tentando dizer...
E num surto momentâneo
Meus passos curtos se tornam longos traços
A minha mente trava-se ao caso contado
Sinto-me às vezes um saco de pano sujo e rasgado
E quando ouço pingos de água sobre o teto
É que minha vida faz sentido
Por mais que os surdos internos não queiram me ouvir
E toda pétula de rosa se - sequem ao verão, e as vozes do que dizem fiquem ao lembrar.
Tudo fará sentido quando o pingo d água você escutar
Decorre a minha vida como um diário fotográfico
Onde o cinza tende a se destacar e mesmo que a fumaça me faça pensar, travo e me volto ao fim ao teu olhar.
Pelo pendulo da razão me descubro um ser sem razão, já a prisão do inevitável é a fonte do colapso, entre os homenzinhos de blusa de lã na rodoviária e as acadêmicas e suas risadas.
Nada faz sentido, mais fará ao ultimo pingo...