VERDADE
Se a verdade fosse minha, ou fosse de cada um, como cada um ia ter a certeza de que a sua verdade é a “mais” verdadeira? Como os demais seres humanos teriam real conhecimento dela, pois que a sua verdade teria tanto direito de ser a verdade, de verdade, como a verdade de qualquer outro? A verdade não pode ser de ninguém, sendo a todos disponível, e processada de forma subjetiva por cada um, e sempre percebida no tempo passado.
Se a verdade pudesse ser minha, como não creio, se ela existisse dentro de mim, poderia assim existir também, por definição, dentro de cada um, e que bagunça seria a verdade real deste mundo. Existiriam quase infinitas verdades para cada fato, uma vez que dentro de cada um haveria uma pessoal verdade. Qual seria a verdade real? Duas verdades diferentes, a menos de possíveis transformações, o que no fundo as torna iguais, não podem ser ambas verdadeiras. Desta forma, cada um teria o direito de agir, se comportar, e realizar o seu viver conforme lhe aprouvesse, pois estaria abalizado pela sua pessoal verdade, como fio condutor racional (mas no fundo irracional) daqueles que acreditariam serem donos da verdade. Mas se a verdade não fosse minha, muito menos estivesse dentro de mim, mas estivesse na mão de alguém? Se a verdade pudesse ser outorgada por revelações, por autoridades do saber, ou estivesse ela além da razão, da confirmação experimental, ou da lógica racional, seria tão lastimável quanto, pois a autoridade do saber não significa nada, e ninguém é dono da verdade, simplesmente porque a verdade existe independente de nós mesmos, ela reflete um fato que ocorre em um ponto do contínuo espaço tempo, ou reflete um conceito lógico. Ela pode ter sim algumas diferentes percepções, mas a verdade em si é única, pois foi real sua existência em algum instante do espaço-tempo passado. Por isto devemos nos ater mais as engrenagens do que ao superficialismo dos fenômenos. Como nossos sensores são imperfeitos e a capacidade de processamento cerebral é limitada, talvez jamais conheçamos toda a verdade, mas parte dela a conhecemos, e parte de sua falsidade nos é também possível refutarmos, e cada vez que refutamos algo como não verdadeiro, chegamos mais próximo da verdade, mesmo que não a conheçamos em totalidade.
É verdade que pouco sei, mas é inverdade que nada sei, exatamente por isto devo manter acesa a vela de algum ceticismo, para não cair na tentação fácil de acreditar que saiba mais do que realmente sei.
Se a verdade fosse minha, ou fosse de cada um, como cada um ia ter a certeza de que a sua verdade é a “mais” verdadeira? Como os demais seres humanos teriam real conhecimento dela, pois que a sua verdade teria tanto direito de ser a verdade, de verdade, como a verdade de qualquer outro? A verdade não pode ser de ninguém, sendo a todos disponível, e processada de forma subjetiva por cada um, e sempre percebida no tempo passado.
Se a verdade pudesse ser minha, como não creio, se ela existisse dentro de mim, poderia assim existir também, por definição, dentro de cada um, e que bagunça seria a verdade real deste mundo. Existiriam quase infinitas verdades para cada fato, uma vez que dentro de cada um haveria uma pessoal verdade. Qual seria a verdade real? Duas verdades diferentes, a menos de possíveis transformações, o que no fundo as torna iguais, não podem ser ambas verdadeiras. Desta forma, cada um teria o direito de agir, se comportar, e realizar o seu viver conforme lhe aprouvesse, pois estaria abalizado pela sua pessoal verdade, como fio condutor racional (mas no fundo irracional) daqueles que acreditariam serem donos da verdade. Mas se a verdade não fosse minha, muito menos estivesse dentro de mim, mas estivesse na mão de alguém? Se a verdade pudesse ser outorgada por revelações, por autoridades do saber, ou estivesse ela além da razão, da confirmação experimental, ou da lógica racional, seria tão lastimável quanto, pois a autoridade do saber não significa nada, e ninguém é dono da verdade, simplesmente porque a verdade existe independente de nós mesmos, ela reflete um fato que ocorre em um ponto do contínuo espaço tempo, ou reflete um conceito lógico. Ela pode ter sim algumas diferentes percepções, mas a verdade em si é única, pois foi real sua existência em algum instante do espaço-tempo passado. Por isto devemos nos ater mais as engrenagens do que ao superficialismo dos fenômenos. Como nossos sensores são imperfeitos e a capacidade de processamento cerebral é limitada, talvez jamais conheçamos toda a verdade, mas parte dela a conhecemos, e parte de sua falsidade nos é também possível refutarmos, e cada vez que refutamos algo como não verdadeiro, chegamos mais próximo da verdade, mesmo que não a conheçamos em totalidade.
É verdade que pouco sei, mas é inverdade que nada sei, exatamente por isto devo manter acesa a vela de algum ceticismo, para não cair na tentação fácil de acreditar que saiba mais do que realmente sei.