CONCLUSÃO ÓBVIA
Há muito já não sentia mais vontade de escrever, em um belo dia você apareceu em minha vida.
E passamos a conversar, e fomos ficando íntimos, você reacendeu a chama dentro de mim que já estava apagada e a vontade de escrever voltou, não escrevo grandes coisas, escrevo pra mim, como estou no momento.
O tempo foi passando e percebe que algo estava diferente.
Sempre fui a sua confidente, amiga, amante, pelo menos pensava que era.
Mas algo mudou e pude perceber que o que eu mais temia e havia lutado para não acontecer; estava acontecendo, chorei, gritei comigo mesma, repetindo diversas vezes que aquilo não podia acontecer; tinha me apaixonado por você.
Tentei me afastar inúmeras vezes, lutava para não atender ao telefone, mas a vontade a vontade de ouvir a sua voz falava mais alto; ficava irritada comigo mesma por cada vez que tentava me afastar me aproximava mais.
Comecei a ver que só eu sentia que só eu queria que só eu sonhasse.
Adorava te chamar de meu anjo, pois era assim que eu o via como meu anjo, meu Príncipe, mas como tudo meu castelo também ruiu.
Eu vejo o que eu não queria ver, que você não era meu Rei, que você não era meu Príncipe, que você não era o meu Amor, vê que e com a mesma melodia com que me chamavas de amor, não me pertencia.
Não se pode ter ou pertencer a alguém que nunca lhe pertenceu.
Não se pode sentir algo por alguém, que nunca sentiu nada a não ser uma grande amizade.
Não se pode ser de alguém que já tem a vaga ocupada.
Então pude perceber que doía mais do que eu pensei que doesse e a conclusão óbvia que para você eu era apenas uma amiga, uma confidente e que depois de tantas intimidades, palavras ditas, gemidos e delírios, confidencias eu não era nada mais que apenas uma amiga!
LU GALVÃO